Lucas 11.5-10
“Eu lhes digo: Embora ele não se levante para dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da importunação se levantará e lhe dará tudo o que precisar.” Lucas 11.8
Na Palavra
“Bem-aventurados os humildes”, Jesus nos diz (Mateus 5.5). Mas existem circunstâncias nas quais ele nos chama a sermos importunos. Nesta parábola sobre persistência em Lucas 11, um homem busca a ajuda de seu vizinho a favor de seus amigos, batendo repetidas vezes na sua porta à meia-noite com um pedido incomum por pão. Em um tempo incomum e inconveniente para tal pedido. Mas devido a sua persistência, o vizinho respondeu.A história de Lucas 5.17-26 relata uma persistência similar. Alguns homens carregaram seu amigo aleijado para Jesus em uma maca, abaixando-o através do telhado de forma que aquele que estava curando não pudesse deixar de vê-lo. Como o homem na parábola, eles são persistentes – todos eles são zelosos pelo bem estar de seus amigos. Nossa sensibilidade ocidental nos faz querer dizer aos carregadores da maca para entrarem na fila, ou dizer ao homem para parar de irritar seu vizinho na hora inapropriada.
Jesus não tem nenhuma crítica a seu respeito. Sua audácia os honra. É assim que o Pai deve ser visto – com claro conhecimento de que é sua natureza suprir necessidades. Se somos zelosos para suprir as necessidades dos outros, certamente ele é ainda mais zeloso.
Na Prática
Quão persistentes somos ao buscar a ajuda de Deus para as necessidades dos outros? Quando nos foi dito que “Suportássemos uns aos outros” (Colossenses 3.13), nós interpretamos isto como uma breve menção em um encontro de oração? Ou somos zelosos e audazes em nos aproximar de Deus? Longe de ofender a Deus, essa audácia o agrada. Nesta parábola, ele quase que implora a seus discípulos para importuná-lo. Vamos considerar nosso zelo em favor de nossos irmãos e irmãs em Cristo. Ele se iguala a audácia do vizinho persistente?“Em nenhum momento somos mais parecidos com Cristo do que quando fazemos orações de intercessão”
Fonte: http://www.caminhada.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=154:o-prazer-de-deus-na-persistencia&catid=57:devocionais&Itemid=137
10 exemplos de perseverança na Bíblia | |
Definição de perseverança
Conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, Continuar a ser ou ficar; manter-se, permanecer, conservar-se, persistir, Conservar a sua força ou ação; continuar, perdurar, subsistir, persistir, Ter ou mostrar perseverança, firmeza; permanecer sem mudar ou sem variar de intento. Encontramos essa expressão de Jesus em três textos dos Evangelhos: Mt 10.22; ;24.13; Mc 13.13. Tem sido uma expressão muito utilizada pelos defensores de que uma pessoa alcança a salvação através de esforço pessoal e de que uma pessoa, não perseverando até o fim da sua vida, perde a salvação. É uma expressão tão difícil de ser interpretada que a maioria absoluta dos comentaristas ou não fazem referência alguma, ou tecem comentários superficiais, evitando se aprofundar. No entanto a expressão pode ser compreendida perfeitamente, desde que a analisemos à luz do contexto de ensinamentos claros de Jesus Cristo sobre o recebimento da salvação e sobre a garantia da salvação. Também pode ser compreendida à luz do contexto em que foram pronunciadas. Primeiramente devemos observar que Jesus ensinou que a salvação é uma dádiva de Deus (por isso é uma graça – Ef 2:8) e que desfruta dessa dádiva todos os que crêem nele como Filho unigênito de Deus (João 3.16). Também devemos observar que Jesus ensinou que todo aquele que dá ouvidos à sua Palavra e, conseqüentemente, crê em Deus como aquele que enviou Jesus Cristo como Salvador, tem a vida eterna. Não terá no fim, mas tem no presente. Ensinou que não entrará em condenação, garantindo que a vida do crente já está sob a garantia da absolvição. E ensinou, também, que todo aquele que é salvo já tem uma nova vida, pois passou da morte para a vida (João 5.24). Tivemos alguns homens que desistiram de perseverar deixando-se levar pelo pecado e a perda da comunhão de Deus. " Judas, Mt. 27:4-5 " Ananias e Safira, At. 5:1-9, usou a mentira, e foram punidos por não perseverar. " Himeneu e Alexandre, I Tm. 1:1-20 Não podemos deixar de perseverar, porque a perseverança: " Nos conduz a salvação, Mt. 24: 13 " Nos tornam santos, Cl. 1.22 " Nos tornam seguros, I Cor. 15.58 Vejamos alguns exemplos de perseverança à luz da Bíblia: 1. Abraão. Ele passou um longo período de tempo aguardando o cumprimento das promessas do Senhor. Acredito que o exemplo de Abraão é mais próximo de nossas atitudes (enquanto ser humano), pois depois de receber a promessa que seria pai de muitas nações (Gn 12:2 e 13.16), tentou “encurtar o caminho” tendo um filho com a serva de Sara, a Agar. Prosseguindo na história, vemos que não era este os planos do Senhor para Abraão (Gn 17.16, 19, 21), acredito inclusive que a passagem em Gn 17.1 é um “puxão de orelha” que o Senhor deu em Abraão. A promessa do Senhor de fazer a descendência de Abraão prospera e incontável, implicaria em um início de no mínimo um filho, mas havia ali uma enorme dificuldade, uma vez que Sara era estéril (Gn 11.30), mas Deus não se limita as circunstâncias naturais. Podemos crer em suas promessas, por mais que pareçam impossíveis como no caso de Abraão. Não precisamos encurtar o caminho! Mas tenho que admitir que é isso é muito mais fácil na “teoria” do que na prática… (Ajuda-nos Senhor!) Outro grande exemplo bíblico de perseverança é José, que após ter revelações em sonhos (Gn 37.5-9), passou por situações adversas, sendo inclusive jogado em uma cova por seus próprios irmãos (Gn 37.24) e depois foi vendido como escravo a mercadores (Gn 37.28). Neste instante, vemos que a situação não estava nada favorável a José. Ele poderia pensar que todos os seus sonhos não passaram de bobagens e ilusões, mas não foi o que aconteceu. Durante todo o momento de adversidade que José estava vivendo, o Senhor era com ele (Gn 39:2, 21), e com perseverança, José alcançou as promessas reveladas por sonho a ele (Gn 42.6). 2. A igreja primitiva (At 2.40-42) "E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." Vemos então que perseverar é permanecer em Cristo e isto é uma ligação fundamental para experimentarmos Jesus em nossas vidas. Em que eles perseveravam? Na doutrina dos apóstolos Nos ensinamentos dos apóstolos ( At 5.42 ) Nas bases do que eles criam, nos fundamentos ( Hb 6:1-2 ) Não negavam nem questionavam os ensinamentos, mas procuravam aprender, se dedicavam ao estudo da palavra, compreender as verdades de Deus, oravam a respeito. ( At 6:4 ) E assim, porque eles perseveravam na doutrina, o Espírito Santo lhes proporcionava revelação da Palavra e experiência, de modo que o plano de Deus para eles era simples e claro. Na comunhão "Era um o coração e a alma dos que criam" ( At 4:31 ) Estavam sempre juntos, reunidos nas casas e no templo ( do lado de fora ). Dependiam uns dos outros, havia um relacionamento intenso entre os discípulos. Comiam juntos, freqüentavam as casas uns dos outros, amavam uns aos outros, oravam uns pelos outros. Eles se dedicavam a isso, se empenhavam nisso, e o Espírito Santo enriquecia os relacionamentos produzindo experiências tremendas como a de Pedro que foi libertado da prisão e imediatamente procurou os irmãos que oravam por ele. ( At 12.12-17 ) No partir do pão Isto não significa somente que eles comiam juntos, mas que repartiam tudo o que tinham. Ninguém passava fome, ninguém era rico ou pobre ( tinham tudo em comum ) Ninguém considerava seu aquilo que possuía, mas do Senhor. E a Palavra nos mostra que eles perseveravam também nesta questão e o Senhor cuidava de todos, de modo que não havia necessitados entre eles. (At 4.31-37) Nas orações Como precisamos aprender com eles esta questão da oração. A vida de oração, a necessidade de oração. Parece que eles estavam sempre orando. Após se converter, Paulo se pôs em oração - At 9.11 Cornélio estava orando e o Senhor enviou Pedro - At 10.30 Pedro estava orando e teve visão do lençol - At 10.9 Oravam em todo lugar - At 16.3 Oravam para que as pessoas recebessem o Espírito Santo - At 8.14-15 Oravam antes de enviar os apóstolos - At 13:2-3 Aqui não estamos falando de orar eventualmente, ou quando aparece uma situação difícil, estamos falando de vida de oração. Orar pedindo, orar agradecendo, orar para conhecer a vontade de Deus, ora r para ser cheio do Espírito. ( isto é se entregar a Deus em oração ) Como conseqüência disso o Espírito Santo operava sinais e prodígios através deles, concedia revelação, entendimento, profecias, curas, livramento, provisão e tudo mais. Precisamos ser perseverantes na oração. 1. Aos crentes de Éfeso Paulo orientou a que eles orassem em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e a que vigiassem nisso com toda perseverança e súplica, não só por eles, mas por todos os santos (crentes) 2. Veja em Efésios 6.10 em diante as razões de Paulo para essa orientação. 3. Léo Francisco Pais, em seu livro “Oração”, ao falar sobre a importância da oração, destaca os seguintes pontos: a. A oração ocupou o centro do ministério público de Jesus – Em Marcos 1.35 encontramos o Mestre em privação do sono para dedicar-se ao labor da oração. Houve ocasiões em que ele passou noites inteiras em oração. Lucas 6.12 nos revela uma dessas noites. b. A oração ocupou o centro do ministério apostólico – Veja Atos 6.1-4. c. A oração ocupa o centro do ministério atual de nosso Senhor Ressurreto – ( Hb 7.23-25 e 9.24). d. A oração é o meio pelo qual entramos em comunhão com Deus – A oração é um lugar de encontro entre o Pai e o filho querido. e. A oração é o meio pelo qual recebemos as coisas que pedimos a Deus – Veja Mateus 7.7 e 8. f. A oração é a maior obra que Deus requer dos cristãos. g. A oração é a preparação do caminho do Senhor. h. A oração do cristão é a semente de todo avivamento espiritual – A grande mentira de Satanás é a de que no mundo de hoje não há tempo para se dedicar à oração. No entanto, quando compreendermos que a oração é tão importante quanto o sono, a respiração e o alimento diário, ficaremos admirados com a constatação da abundância de tempo que podemos dedicar a esse exercício espiritual. É pela oração que o Espírito Santo leva os homens e mulheres a confessarem seus pecados e receberem a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Enquanto mantemos o espírito de oração na igreja, as pessoas se convertem em toda parte pela fé em Jesus Cristo. / O avivamento espiritual não somente é iniciado pela oração, mas também é mantido pela constância da oração persistente. No momento em que a oração fervorosa e contínua cessa dentro da igreja, o avivamento perde seu ímpeto, restando somente um fraco impulso do passado. A oração é o recurso que temos para manter a continuidade do avivamento produzido pela ação do Espírito Santo na vida dos crentes. A falta de oração tem como conseqüência o afastamento da visitação especial de Deus, e o movimento que antes trouxe vida abundante a muitos fica como um monumento do passado. 3. Eliseu 1. Perseverança em caminhar com Elias a. Elizeu estava sendo tratado no seu caráter, a área da disposição e determinação de fazer a vontade do Senhor: “Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, desceram a Betel. Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a Jericó. Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos foram juntos” (Vs.2,4,6). b. Elizeu estava sendo tratado em seu caráter na área de obediência e fidelidade em seguir ao Senhor. 2. Perseverança em crer diante da incredulidade Elizeu se dispôs em crer mesmo diante da incredulidade dos discípulos dos profetas – “Foram cinquenta homens dos discípulos dos profetas e pararam a certa distância deles; eles ambos pararam junto ao Jordão. Então, Elias tomou o seu manto, enrolou-o e feriu as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e passaram ambos em seco” (vs.7,8). a. A incredulidade gera maldição (Nm 14.5-12). b. A incredulidade nos afasta do Deus vivo (Hb 3.12). c. A incredulidade traz derrotas e bloqueia o cumprimento das promessas de Deus na nossa vida (Mt 13.58). 3. Elizeu perseverou diante do Jordão a. Todo servo de Deus enfrentará o Rio Jordão - “Foram cinqüenta homens dos discípulos dos profetas e pararam a certa distância deles; eles ambos pararam junto ao Jordão. Então, Elias tomou o seu manto, enrolou-o e feriu as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e passaram ambos em seco” (vs.7,8). b. Antes de uma grande benção enfrentaremos o desafio de atravessar o Jordão. c. exemplos de Jordões que se colocam diante de nós: - Jordão da enfermidade (Is 53.4,5; Is 38.17). - Jordão da insegurança ou indecisão (Sl 25.12-14). - Jordão do medo (Is 41.10; Js 1.9). - Jordão do desânimo - Jordão das dificuldades financeiras (Fl 4.19). - Jordão da desavença familiar (I Jo 3.8). 4. Mudanças e transformações que ocorreram na vida de Elizeu a. Recebeu porção dobrada do ministério de Elias (vs.9-14). b. Renunciou completamente ao passado – “tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes” (v.12b). c. Passou a viver com um nível de autoridade espiritual mais elevada – “Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou” (vs.13,14). d. O sobrenatural passou a fazer parte do seu cotidiano – “Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada esta cidade, como vê o meu senhor, porém as águas são más, e a terra é estéril. Ele disse: Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então, saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas, até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu tinha dito” (vs.19-22). 4. Josué e Calebe. “Da idade de quarenta anos era eu... palavras de um homem de perseverança, Calebe.” (Js14.07) Perseverança em um mundo totalmente sem esperança em nada, quanto mais em Deus. Um mundo onde todos dizem “que correria”, “não dá tempo para nada”, as semanas, meses passam tão rápidos, que quando percebemos já se passou o ano. E agora onde você se encontra, pronto para receber todas as heranças e recompensa por aquilo que semeou no Reino de Deus, ou não plantou nada por que os dias passaram tão “rápidos” como um relâmpago. Calebe foi enviado a espiar a terra quando tinha 40 anos, não era mais uma criança mais sim um HOMEM, cheio da presença de Deus, pois só sendo cheio da presença de Deus podemos vencer e perseverar contra toda a adversidade e calunias que sofremos. A palavra de Deus nos diz que necessitamos de perseverança, paciência (Hb. 10.36), para alcançarmos aquilo que esta reservado para os que forem fieis. Quando Moisés enviou Calebe e Josué, eles não questionaram, perseveraram em obedecer. Muitos HOMENS têm o hábito de desistir, desanimar no meio de algo que traçaram para si em suas vidas familiar, espiritual ou profissional. Dizem estar muito “corrido” e não deu tempo de concluir ou terminar o começado, isso exige mais que o normal. Quando Calebe voltou e declarou o que estava em seu coração, muitos ou porque não dizer quase todo o povo não aceitou sua declaração, mas ele perseverou no Senhor e confiou na palavra dita, “terra que mana leite e mel”. Tal perseverança é tão eficaz na vida de Calebe que, quando chega a Josué declara: “ E, ainda hoje, estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou...” (Js 14 11). 5. Moisés. O que dizer das orações desse gigante da intercessão que foi Moisés, permanecendo sobre seu rosto, diante de Deus, por quarenta dias e quarenta noites, sem comer, Sem beber, intercedendo pela nação, até que o cetro de Deus se levantasse e o povo fosse poupado (Dt 9.18-20)? Isso é que é perseverança! Moisés foi tão insistente, que nos assombra em sua ousadia e importunação diante de Deus. O povo pecara grosseiramente, quebrando a primeira palavra de aliança. Diante da justiça e retidão de Deus, não havia como poupá-lo. Dera lugar ao diabo e este conquistara um direito legal de oprimi-lo. Deus informa o caso a Moisés, propondo consumir o povo e fazer dele uma grande nação. Moisés recusa terminantemente a idéia e argumenta com Deus com uma veemência singular: “Por que se acende, Senhor, a Tua ira contra o Teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa mão? Porque hão de dizer os egípcios: Com maus intentos os tirou, para matá-los nos montes, e para consumi-los da face da terra. Torna-te do furor da Tua ira e arrepende-te deste mal contra o Teu povo…” (Gn 32.11,12). Só que Moisés ainda não vira o espetáculo. Vendo-o, porém, fica tão indignado e perplexo diante de tão monstruoso quadro do povo adorando um bezerro de ouro, que “acendendo-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte; e pegando no bezerro, que tinham feito, queimou-o no fogo, e o reduziu a pó que espalhou sobre a água e deu de beber aos filhos de Israel” (Ex 32.19b-20). Agora Moisés pode entender bem o que Deus estava sentindo. Mesmo assim volta à Sua presença para insistir no perdão e, desta vez, vai ao cúmulo de dizer: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Ex 32.32). Deus ouve a Moisés, mas diz-lhe que não pode ir ao meio do povo, por causa da sua dureza, para que não o consumisse pelo caminho (Ex 33.33-5). Mas enviaria um anjo que os guiaria (Ex 33:2). Aí Moisés volta a insistir na sua maneira ousada e importuna de falar: “Tu me dizes: Faze subir este povo, porém, não me deste saber a quem hás de enviar comigo; contudo disseste: conheço-te pelo teu nome, também achaste graça aos Meus olhos…” (v. 12). Deus atende Moisés: “A Minha presença irá contigo, e Eu te darei descanso” (v. 14). Ele ainda não se conforma, e insiste: “Se a Tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar. Pois como se há de saber que achamos graça aos Teus olhos, eu e o Teu povo? Não é porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o Teu povo, de todos os povos da terra” (V.15,16)? Mais uma vez Deus atende Moisés: “Farei também isto que disseste; porque achaste graça aos Meus olhos, e Eu te conheço pelo teu nome” (v. 33.17). Você dirá: Agora ele vai se dá por satisfeito! Que nada! Aproveita a declaração de Deus e pede mais: “Rogo-te que me mostres a Tua glória” (v.17)! Isso é que é importunação, perseverança, determinação! E não pense que ele parou por aí. Deus pede que ele faça novas tábuas e suba ao monte, e ele confessa no texto que vimos que fez súplicas pelo povo por mais quarenta dias. Não admira que tenha tido o relacionamento com Deus que nenhum mortal até hoje foi capaz de provar na terra. Como precisamos do espírito de Moisés! Todo intercessor deve se debruçar sobre suas orações e aprender dele. 6. A mulher siro-fenícia Ela com certeza ela tinha escutado acerca dos milagres de Jesus e saiu ao seu encontro. Sua filha estava mal e precisava urgente uma solução. Ela tinha muitas barreiras que a impediam de chegar até Ele, mas sua fe e coragem foi mais forte que qualquer preconceito. Jesus no começo não fez caso, mas ela insistiu e ouviu esta resposta: “não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Com estas palavras era para ela deixar seus sentimentos virem a flor da pele, dar meia volta e ir embora, desistir sempre é o caminho mais fácil. Mas com sua perseverança e consciente de que realmente não era merecedora, ela sabia que só Ele tinha a solução e humildemente respondeu: “Sim Senhor, porem os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” O Senhor Jesus ficou admirado com tamanha fe e teve que abençoá-la, não poderia ser de outro jeito. Nos as mulheres, normalmente somos muito sentimentais, podemos estar cheias de fe, ser perseverantes, mas de repente deixar nossas emoções florescerem e em segundos tudo vai por água abaixo . Uma palavra rude, uma repreensão, uma falta de atenção, já são motivos para nos entristecer e ficarmos arrasadas. Não podemos permitir que por causa de sentimentalismos, nossa fe seja aniquilada. Quantas pessoas já abandonaram a fe por coisas tão mesquinhas, porque alguém não deu bom-dia, ou virou a cara ou não respondeu e por isso deixou de alcançar o milagre. Imaginem se a mulher siro-fenícia tivesse ido embora zangada com o “não” que Jesus lhe deu, sua filha jamais seria curada. Viver pela fé é estar imune a todas essas coisinhas que querem nos atrapalhar de conquistar nossas bênçãos e desviar nossa atenção. 7. Noé Quando Noé começou a construir a Arca, tenho certeza que várias pessoas o criticaram ou tentaram desanimá-lo. Porém, quem está disposto a cumprir o chamado e a ordem de Deus pra sua vida, não tem seus ouvidos abertos para as palavras contrárias à promessa. Noé também estava sujeito às tentações da época, a sociedade também tentava exercer influência sobre ele, porém Noé não se desestabilizou. Não se deixou ser levado por nenhuma delas. Não se desviou do propósito. Existem duas coisas que podem desviar o jovem do propósito que Deus o chamou: O mundo e as coisas que existem no mundo. 8. Jó Prefiro olhar para Jó como sendo um homem perseverante e não apenas paciente. O patrimônio que seu exemplo deixa para nós é valioso e deve ser repetido. Que sejamos sempre perseverantes e que a disciplina da espera gere em nós não a tristeza ou cansaço mas sim o ânimo de quem confia no Senhor e sabe que ao final de tudo estará mais forte do que no início. Quando você está diante de inimigos, de situações, de problemas, de circunstâncias, quando você age com Fé, é resistente, persevera, então, você alcança vitória. Quando você confirma a sua fé, é perseverante, tem confiança e não a abandona, então, está exercendo a sua autoridade como filho de Deus. 9. Rute “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu vás irei eu, e onde quer que pouse, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, e o teu Deus é o meu Deus.” Rt. 1.16 Elimeleque foi para a terra de Moabe fugindo de uma fome que assolava Israel. Morreu, e sua mulher, Noemi, tomou mulheres para seus filhos. Os filhos de Noemi morreram também ficando ela só, com suas noras. A reação natural foi de retornar para sua terra. Ela despede suas noras para que voltem ao seu povo, mas Rute não aceita a separação. A decisão de Rute, de aceitar o Deus de Israel como seu Deus fez toda a diferença em sua vida. Daí em diante ela começou a ser honrada por buscar ao Senhor. Por sua fé e perseverança, não só foi abençoada, como também entrou pra uma lista seleta: a genealogia de Jesus Cristo! Porque ela acreditou. Porque ela buscou ao Senhor. Porque ela não desistiu, mas perseverou, o Senhor a honrou. • 10. Paulo. A "perseverança" é, pois, fruto do evangelho na vida do apóstolo, como de qualquer ministro da palavra e de todo filho de Deus. Esta expressão inicial, "na muita perseverança (paciência)". Paulo mesmo coloca a sua perseverança como exemplo para o pastor Timóteo (2 Tm 3.10; cf. 1 Tm 6.11). Tiago associa a perseverança à provação (Tg 1.3). 2.2 Seus Sofrimentos. Neste capítulo, o apóstolo enumera alguns sofrimentos que ele enfrentou. Ele diz: "Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns..." (II Co 6.4,5). Vejamos o significado de cada um deles: • Aflições - No grego temos o termo "thlipsis", uma palavra geral que indica várias formas de aflição produzida por circunstâncias externas adversas, pelas tribulações, pelas perseguições, pelas angústias mentais e espirituais. A idéia desta palavra é " pressão". (Mt 13:21; 24:21,29) • Privações - É traduzida pelo vocábulo grego "anagke", que quer dizer necessidade, calamidade. Essa idéia podia transmitir a idéia da falta de algo necessário, ou seja, a redução a uma pobreza externa. Sabemos que Paulo sofreu assim, porquanto aprendeu a ter abundância e a padecer necessidades. "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade." ( Fl 4:12). • Angústias - No grego é "stenochoria", que literalmente traduzido seria "estreiteza", demonstrando um estado de confinamento, de restrição, dando a idéia de angústias, apertos de muitas formas. (II Co 1:4,8; 2:4; 4:7; II Co 12:10). • Açoites - É o mesmo que chicotadas. A lei romana prescrevia que os criminosos fossem açoitados. Cristo foi açoitado (Mt 27.26); os apóstolos também foram (At 5.40); e o apóstolo Paulo também (At 16.23,37; II Co 11.24). • Prisões - Paulo passou por várias prisões. Segundo eruditos, as prisões de Paulo foram mais do que estão registradas no livro de Atos, os quais especulam que houve pelo menos também um período de aprisionamento em Éfeso, e que algumas dentre as chamadas epístolas da "prisão" podem ter sido escritas ali. ( II Co 11:23; At 16:23; 21:23) Paulo também foi aprisionado em Filipos ( At 16), em Cesaréia (At 23:23), em Jerusalém (At 23) e em Roma (At 26-28). • Tumultos - No grego temos o termo "akatastasia", cuja idéia básica é a instabilidade, falta de fixação. Essa palavra era empregada para indicar instabilidade política; mais comumente, entretanto, indicava todas as formas de levantes e perturbações da ordem pública. Sua forma verbal significa vacilar, estabilizar. Levantes e perturbações públicas, produzidas pela pregação do evangelho, perfaziam uma experiência comum para Paulo. ( At 13:50; 14:19; 17:5; 18:12 e 19:29). • Trabalhos - Tarefa que Paulo fazia para cumprir fielmente a sua missão. Paulo não se poupava, crendo na filosofia que diz que é melhor alguém desgastar-se do que enferrujar. O termo Grego para "trabalho" é "kopos", que significa exatamente isso, como também " labuta", posto que igualmente pode indicar dificuldades. Labuta pode indicar dificuldades. (At 18:3; I Co 15:10). • Vigílias - No grego, "agupnia", que significa " insônia", preocupação, que produz noites mal dormidas. (II Co 11.27). Havia muitas causas que levaram Paulo a perder o sono. Algumas vezes ele pregava e ensinava pela noite adentro. (At 20:7,9) Seu cuidado pelas igrejas provavelmente produzia isso (II Co 11.27), como também a necessidade de manter-se desperto para a sua autoproteção, quando estava sob ameaça. • Jejuns - Paulo menciona jejuns também em (2 Co 11: 27), sendo que ali distingue (fome). Nos seus outros usos no NT, o vocábulo está associado a um rito de significado religioso. E é provavelmente neste sentido que Paulo emprega o termo em 2 Coríntios, em uma referência a jejuns, próprios nas congregações onde os judeus estavam presentes (At 14.23). Pode-se ver aqui um exemplo do que Paulo dissera em 1 Co 9.20: "Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar. Ou seja, precisamos ter cuidado com aquilo que falamos, com aquilo que confessamos. Não podemos vacilar, porque se vacilarmos na confissão, estamos mostrando que não estamos preparados, que não estamos resistentes. Se você está bem preparado, resistente, quando vem um problema de uma doença, com a autoridade, com a Fé, com a sua confiança, com a sua perseverança, você diz: “Tudo coopera para o bem. Deus está no controle. Pelas chagas de Cristo já fui sarado.” Diz a Palavra, em 1 João 5.13-14: "Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito." A oração feita com Fé é aquela que você agradece pela resposta antes que ela chegue. A oração com Fé e com autoridade é aquela que você pede certo de que já obteve a vitória. A sua confissão demonstra a Fé e a autoridade, o preparo que você está. A causa do fracasso na vida de muitas pessoas, é que elas começam seus projetos e nunca terminam. Os homens que fizeram história e realizaram seus sonhos. São os que não se renderam, não desanimaram, não perderam o foco. Mt.24.13 “mas aquele que perseverar até o fim, será salvo” Não sei se existe uma receita para a felicidade; mas se existir a perseverança é um de seus ingredientes. Persevere em buscar ao Senhor mesmo que as notícias sejam más. Mesmo que você esteja cercado por problemas. Creia que o Senhor é contigo e veja a bênção do Senhor chegar a sua vida. Que Deus nos ajude a perseverar até o fim quando então seremos salvos, amém! Fonte: http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=6721 |