Um dos principais
atributos de Deus é o amor. O próprio texto bíblico declara que “Deus é amor”.
O amor é a fonte de inspiração dos outros atributos de Deus. Cabe ressaltar que
o amor de Deus é diferente do amor humano. O amor humano muita das vezes é
indulgente. A imagem de Deus acaba sendo de um “bondoso avô idoso que é
indulgente e tolerante com a obstinação dos netos a fim de fazê-los ‘felizes’”. Contra
esta idéia que Wesley procurou combater em sua época e o fez ligando o atributo
do amor com outro atributo que é a santidade. Portanto, Wesley afirmava que o
amor de Deus é santo! Amor e santidade são duas faces de uma mesma moeda.
Dentro da teologia de Wesley não existe amor sem santidade, nem santidade sem
amor.
Ao
afirmar que Deus é santo, Wesley quer dizer que Deus está distante de qualquer
vestígio de maldade e como Deus é luz, Nele não há treva nenhuma. Wesley dizia
que assim como o céu está distante da terra, assim a posição de Deus está em
relação ao ser humano. Podemos perceber em Wesley que a visão de santidade é
transcendente. Sendo assim, a santidade sem amor tornaria o relacionamento de
Deus com o ser humano impossível de se realizar e a Divindade permaneceria à
parte de todas as criaturas. O amor é o que possibilita o relacionamento e a
comunhão de Deus com as suas criaturas. O amor se comunica e o liga ao outro,
atrai a relação, faz contato e estabelece a relação. Portanto o amor de Deus é
imanente.
Dentro deste conceito transcendente
e imanente do amor santo, ou seja, Deus é santo e está muito distante ao mesmo
tempo em que é amoroso e busca a comunhão, a Igreja é chamada a vivenciar uma
santidade em amor. Para Wesley o amor santo de Deus é um parâmetro para a
Igreja. A Igreja, pela transmissão da graça de Deus, é “chamada e separada, em
santidade, do mundo ao mesmo tempo em que é convidada a entrar, em amor e
missão, nesse mesmo mundo.” Essas duas características devem estar sempre interligadas na vida da Igreja. A
Igreja não pode só ressaltar a santidade e “fugir para o deserto”, em “retiro
espiritual”, purificando-se dos manjares que o mundo oferece e perder a
dimensão social de transmitir a graça de Deus a este mundo perdido. Pelo
contrário, assim como o amor de Deus é santo, assim a santidade da Igreja deve
ser em amor! - http://dnstephen.blogspot.com.br
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Cons. Elder Pereira |
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