Nosso tema é Modéstia Cristã no Vestir – O que a Bíblia ensina?
Cristo é Rei, e os Cristãos começaram a reconhecê-lo como tal. Isto
significa que a vida como um todo deve estar sujeita a Sua Palavra. Se, a
Bíblia diz algo sobre vestir, e, ela diz, então, cabe-nos ouvir e
obedecer.
O ESCOPO DO ASSUNTO
Primeiro, não lidaremos com questões de gosto. Isto
está no campo da Liberdade Cristã. Algumas pessoas estão mais
conscientes do asseio e da coordenação das cores e etc, do que outros.
Portanto, não é papel do ministro da Palavra de Deus pronunciar-se sobre
tais assuntos, pois seria extremamente insensato fazê-lo.
Segundo, não lidaremos, nesta ocasião, com questões
de gênero ou questões relacionadas às distinções do vestir masculino e
feminino. Não, porque não há o que dizer sobre isso, mas, porque já
temos muito para uma sessão.
Terceiro, vamos nos limitar ao pudor sexual no vestir. Esta é uma questão de princípio moral. O Senhor Jesus Cristo disse: “Ouvistes
que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo,
que qualquer que atentar numa mulher para cobiçá-la, já em seu coração
cometeu adultério com ela”. (Mateus 5:27-28). Se, tal desejo
sexual é uma violação do sétimo mandamento, então, vestir-se
intencionalmente de maneira que, provoque ou estimule tal pecado, também
deve ser pecaminoso. Por esta razão, o Catecismo Maior de Westminster
ensina que o sétimo mandamento exige “modéstia no vestuário” (Resposta
138) e proíbe “imodéstia no vestuário” (Resposta 139).
Quarto, estamos olhando especificamente a questão do
pudor sexual feminino. Há razão para isso. Não é que, a questão do
pudor sexual do vestir seja completamente irrelevante para os homens.
Existem modas masculinas que são projetadas para melhorar os aspectos da
forma corporal masculina, das quais, certamente, os Cristãos devem
evitar. No entanto, o problema é maior em relação ao vestir feminino. E
qual é o porquê disso? É, porque os homens, em geral, são muito mais
afetados pelo que eles veem, do que as mulheres; como uma regra.
Mulheres, em geral, são afetadas por uma combinação de coisas,
diferentemente, dos homens. O desejo sexual é imediatamente despertado
nos homens pelo olhar. “Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?”
(Jó 31:1). Outros trechos da Escritura confirmam esta ênfase de que os
homens pecam facilmente ao olhar para uma mulher. O Catecismo Maior nos
dá como texto-prova, nas respostas mencionadas, anteriormente, o texto
que começa com: “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia” (1 Timóteo 2:9). Isto se refere especificamente ao vestuário feminino.
O papel dos homens na liderança é enfatizado nos versos anteriores do
mesmo e, depois, o apóstolo se dirige às mulheres, dizendo que, elas
devem vestirem-se modestamente. Em seguida, ele passa a outros assuntos
de ordem da igreja, decoro, governo e ofícios na igreja, no capítulo
três. Outro texto usado pelo Catecismo Maior é Provérbios 7:10, no
qual, é mencionado os “enfeites de prostituas”. E, em Isaías 3:16,
constata-se que, as mulheres, particularmente, são reprovadas tanto pelo
seu vestir como pela maneira como se comportam “Diz ainda mais o
SENHOR: Porquanto as filhas de Sião se exaltam, e andam com o pescoço
erguido, lançando olhares impudentes; e quando andam, caminham
afetadamente, fazendo um tilintar com os seus pés;” (Isaías 3:16).
Quinto, isto não é um ataque contra as mulheres; não é misoginia [1].
Nem reflete qualquer desrespeito às mulheres, muito pelo contrário.
Queremos defender a dignidade da mulher Cristã - afim de que, não sejam
desvalorizadas, pela conformidade com as normas deste mundo. Visto que,
a Escritura refere-se, especificamente ao traje decoroso feminino
(modéstia no vestir), então, é certo que, devemos explicá-lo.
Sexto, não devemos supor que haja má intenção em
qualquer irmã em Cristo, que, se vista de forma indecente. Pois, é um
dever Cristão ser caridoso em seus julgamentos e, se possível, imputar
as melhores intenções, no que diz respeito, ao que outros Cristãos
fazem. Há algumas mulheres Cristãs que não têm a menor ideia do efeito
que produz, o seu modo vestir, nos homens. Supor o contrário sem uma
forte razão, não devemos. Nem os jovens que lutam contra o pecado
sexual, devem afligirem-se e suporem más intenções em suas irmãs em
Cristo.
Sétimo, qualquer falha em mulheres Cristãs nesta
questão, deve ser vista também, como uma possível falha dos maridos e
pais Cristãos. Os homens não devem ser covardes, eles devem liderar e
governar suas próprias casas. Quando há imodéstia nas mulheres, quando o
pai ou marido é Cristão, deve ser levantado à seguinte questão: eles
disseram ou não a elas como os homens pensam? Maridos que deixam as suas
mulheres se vestirem imodestamente, são, na melhor das hipóteses,
negligentes – talvez, eles tenham ficado tão acostumados com as suas
esposas, que, se tornaram alheios ao efeito da aparência delas nos
homens. Alguns pais podem ser simplesmente fracos em não querer contar
às suas filhas a verdade sobre o vestir ou esperar que elas saiam da
linha com as suas amigas; o resultado disso é o mais baixo denominador
comum no vestir. Ou talvez, um pai pode estar tão acostumado em pensar
na sua filha como a sua filhinha, desta forma, ele se esquece do fato de
que sua filhinha se tornou uma mulher e num objeto de desejo de outros
homens.
Oitavo, este assunto não deve ser usado como uma
desculpa para o pecado masculino. Se, um homem deseja uma mulher que não
é sua esposa, ele peca. O Islamismo é particularmente mau em jogar toda
a responsabilidade do pecado sexual masculino nas mulheres. Dr. Patrick
Sookhdeo diz, o seguinte, a respeito da visão islâmica da mulher: “Elas
são, portanto, consideradas uma fonte de tentação para os homens e
devem ser protegidas de suas próprias fraquezas.” (Islam – The Challenge
to the Church, 2006, p.32). No Islamismo a culpa pelo pecado sexual é
grandemente lançada sobre as mulheres. A verdade é que toda lascívia
masculina é pecado, e, é um pecado deles. Apenas se torna um pecado
também da mulher se, ela o estimula por seu vestir ou por seu
comportamento.
Nono, a responsabilidade da mulher é limitada. Uma
mulher não é responsável por prevenir toda a luxúria masculina, nem isto
lhe é exigido, porém, apenas assegura que ela não provoque ou estimule
esta luxúria. Os homens podem e se envolvem em desejo sexual por
mulheres, não importando como elas estão vestidas. Ainda, que, elas
vistam um saco do pescoço aos pés, os homens ainda serão capazes de
adulterar no coração. O Islamismo é um testemunho vivo da futilidade ao
se pensar que restrições externas irão resolver o problema do pecado.
Assim como, testemunha contra a futilidade da falsa religião, no
propósito mudar o coração. Ficamos surpresos ao ler, recentemente,
acerca de missionários num país Muçulmano, afirmando que, num mercado
local, onde apesar das mulheres se vestirem de modo que não fica nada
visível, a não ser os olhos, ainda assim, estão sujeitas a um constante
assédio masculino, seja de um tipo, ou de outro. Elas são maltratadas e
sexualmente molestadas, embora sua aparência esteja escondida; contudo,
os homens ainda pecam desta forma. Martinho Lutero, antes de sua
conversão, disse que, quebrou o sétimo mandamento, mais vezes, quando
ele estava em sua cela do monastério, do que, quando fora dela. O pecado
pode operar no coração e na mente sem qualquer estímulo visual.
Décimo, o nosso propósito não é fazer com que as
mulheres fiquem excessivamente introspectivas e autoconscientes sobre si
mesmas, contudo, produzir um saudável equilíbrio consciente da
necessidade de se vestir para a glória de Deus; para pensar como elas se
vestem. Queremos trazer algumas orientações gerais que,
esperançosamente, provarão seu uso para este fim. Não estamos procurando
uma aparência mórbida ou uma preocupação melancólica, todavia, uma
preocupação robusta para obedecer a Palavra de Deus. Até aqui, então, o
escopo de nosso assunto.
A DIFICULDADE DO ASSUNTO
Existe um absoluto constrangimento acerca da modéstia cristã no
vestir. É difícil para se ouvir a respeito, e, esteja certo de que,
falar sobre isto é mais difícil ainda. Este é o motivo, pelo qual, este
assunto é frequentemente ignorado em círculos Cristãos. Todos fingem que
não há um problema. É a síndrome do elefante na sala, todos sabem que o
elefante está lá, mas ninguém fala sobre o mesmo. Assim, muitos
Cristãos estão cientes do problema, mas ninguém quer, ser aquele a,
dizer algo. Ministros permanecem em silêncio, e isto não é uma surpresa.
Afinal, aqueles que falam são vistos como extremistas ou como quem tem
algum tipo de problema pessoal. Confessamos que nós mesmos,
dificilmente, falamos sobre modéstia cristão. Temos nos referido a isto,
ocasionalmente, nos últimos 20 anos de pregação. Nós temos tido estes
encontros após o culto por 11 ano, e, temos levado algum tempo para
falarmos sobre isto, portanto, não é um dos assuntos prediletos. Porém,
falaremos agora. Anunciamos o assunto com uma prévia antecedência, para
que, isto ajude o palestrante a não adiar para outra hora, embora, de
certa forma, é o que alegremente faríamos. A verdade é que, a grande
maioria dos homens luta contra o pecado sexual, todavia, o vestuário
imodesto das mulheres torna isto, ainda mais difícil, para eles.
Provavelmente, 95% dos homens admitiriam esta verdade, a não ser que
fossem mentirosos. Portanto, esta é a razão, pela qual, este assunto
deve ser abordado. Pois, se não fizermos menção dele, nunca, os padrões
não melhorarão e, possivelmente, declinarão.
Cremos que numa reunião, comparativamente pequena, a possibilidade de
constrangimento é maior. Portanto, faremos algo que, normalmente, não
fazemos - muito menos, mencionamos - declarar que, consideremos o fato
de que, a palestra será gravada. Faremos assim, não porque, o discurso
não tem aplicação para os presentes, porém, pode ser que, alguns
detalhes do discurso se aplique à alguém que não esteja presente.
Não se sente aí, pensando: “De quem será que, ele está falando
agora?” Caso, algo se aplica a você, leve ao seu coração, caso
contrário, pode ser que se aplique a alguém que, escute, posteriormente.
Pois, todos nós precisamos conhecer este ensino bíblico, interagindo
em grupo e não apenas individualmente. Especialmente, as mulheres
Cristãs – sim – mas ainda, os pais precisam saber, pois, devem estar
alertas. Afinal, são eles que, instruirão suas famílias, suas filhas a
terem uma visão biblicamente correta sobre a modéstia Cristã.
Existe uma dificuldade em se definir modéstia e até mesmo em se
encontrar um ponto de partida. Por onde começar? Há tantas variáveis que
isto pode sugerir que, este assunto é, praticamente, impossível de se
abordar. No entanto, está na Escritura, como uma exigência para a mulher
cristã, logo é possível de ser abordado. Apesar de haver variáveis que o
tornam difícil. Uma delas, é que, homens variam; eles variam naquilo
que os afeta, talvez não todos, mas eles variam. Eles variam
fisicamente; eles variam mentalmente. Certamente, aqueles que foram
criados num lar Cristão e abençoados pelo Espírito de Deus, desde o
início de suas vidas, tendo suas mentes repletas de coisas boas, antes
de, pensamentos pecaminosos se arraigarem, têm uma vantagem.
Há, ainda, a falta de sensibilidade que vem do uso. Afinal, uma moda
que é altamente provocativa e sensacional, num primeiro momento, pode se
tornar relativamente banal com o passar do tempo. Veja, quantas
variáveis!
O que iremos fazer então? Pode-se esperar definições coerentes sobre o
que é um traje modesto? Em, 1Timóteo 2:9 diz que, as mulheres devem
ataviarem-se com “traje honesto”, vestindo-se “com pudor e modéstia” – a
ideia é de uma reserva adequada, sobriedade, moderação ou restrição. A
segunda parte do verso discorre sobre ostentação, porque está vinculada
ao culto público, onde, a atenção e o foco devem estar em Deus, sendo
assim, uma mulher não deve se vestir de maneira que faça, com que, todos
olhem para ela. Ainda que, a segunda parte seja sobre ostentação, a
primeira, com certeza inclui, e, tem como objetivo, a questão do pudor. A
luta contra o pecado nunca acaba neste mundo, e, certamente, não
termina quando viemos para a igreja. Todavia, a Igreja de Deus deve ser
um lugar onde homens Cristãos (ainda que eles tenham de lutar contra o
pecado, porque são pecadores) não sejam induzidos ao pecado por suas
irmãs em Cristo.
O PROPÓSITO BÍBLICO DO VESTIR-SE
Como, então, podemos começar a definir a modéstia no aspecto sexual? O
propósito Bíblico do vestir-se deve ser o ponto de partida para
começarmos e, com muito esforço, definir esta exigência de modéstia,
neste aspecto. Não temos a pretensão de dar um detalhamento completo,
porém, nos situaremos, voltando a ideia do começo. Por que nos
vestimos? No inverno, o motivo é, em parte, para nos manter aquecidos,
mas esta não é a única razão, não é mesmo? Porque, quando está calor,
também nos vestimos. Por que? Referindo-se ao homem, antes da queda,
lemos que “ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” (Gênesis 2:25). Depois que Adão pecou, nos é dito que, “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.” (Gênesis 3:7). E, depois, “fez o SENHOR Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.”
(Gênesis 3:21). Deixando de lado todas as outras considerações, é
evidente que, o propósito das roupas era cobrir, embora, houvesse apenas
Adão e Eva, nesta época. O senso do pecado trouxe consigo a sensação de
que, a vida não poderia, agora, continuar da mesma forma que antes;
aquele pecado fez surgir a necessidade de cobrir a nudez. É, por isso,
que, o naturalismo ou nudismo são negações da queda do homem, assim
como, as pessoas que participam destes movimentos, também negam. O
principal propósito das roupas, então, é cobrir a nudez.
Faremos algumas ressalvas, antes de, resumir o que podemos aprender
com este princípio bíblico, a respeito da finalidade básica de se
vestir.
Primeiro, a beleza feminina foi dada por Deus e, isto é para ser
reconhecido sem embaraço. A própria Escritura reconhece a beleza de
Sara, Raquel e das filhas de Jó. Sem dúvida, elas se vestiam com extrema
modéstia e, apesar disso, foram contadas e reconhecidas como mulheres
bonitas. Contudo, ainda que, a beleza numa mulher, possa se tornar
motivo de orgulho, esta foi dada por Deus, portanto, não é,
deliberadamente, pecado, os homens reconhecerem isto, afinal, a Bíblia,
Palavra de Deus, assim o faz. Segundo, a Santa Escritura não condena
roupas bonitas e não requer uma monotonia deliberada.
Podemos dizer, entretanto, que se uma roupa falha em não realizar a
sua função básica de cobrir, então, tais formas de se vestir, ainda que
sejam elegantes, devem ser rejeitadas.
Para que, o tema, de que estamos falando, seja de alguma utilidade
prática, devemos nos empenhar numa providencial explicitação. Não de
mau gosto, esperamos. Afinal, a própria Escritura, às vezes, é muito
direta e franca, visto que, em determinados momentos, isto faz-se
necessário. A questão é, se tudo fosse deixado em termos vagos, todos
diriam: “ah, está tudo bem”, ainda que, não estivessem aprendendo nada
em nossos encontros, seria, então, uma desagradável perda de tempo.
Portanto, não seremos mais explícitos do que o tema, na realidade,
exige.
Atente-se em saber do que estamos falando. Consideraremos, a seguir, três elementos que fazem, o modo de se vestir, indecente.
ELEMENTOS QUE CONSITUEM IMODÉSTIA E EXEMPLOS ESPECÍFICOS
Primeiro, um nível inadequado de exposição. Isto é bastante óbvio. A seguir, ilustraremos algumas modas que têm aparecido.
A
minissaia apareceu na década de sessenta e sua inventora, Mary Quant,
disse o seguinte: “Foi com o propósito de tornar o sexo mais disponível
na parte da tarde. Mini-roupas são um símbolo de garotas que querem
seduzir um homem.” Algo poderia ser mais claro que isto? As minissaias
foram projetadas para serem imodestas e para tentarem os homens. Em,
Isaías 47:2,3, temos a Babilônia retratada como uma mulher sendo exposta
involuntariamente: “Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu,
descalça os pés, descobre afinal as pernas e passa os rios. A tua
vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança, e
não pouparei a homem algum.” No verso 2, retrata-se a Babilônia,
como acostumada a uma vida de luxúria, tal qual, uma rainha, porém,
repentinamente, torna-se uma serva, tendo que atravessar os rios para
pegar a mó, e, ao fazer isso, ela expõe suas pernas, levantando a saia. O
verso 3 descreve, ainda mais, a sua total desgraça, sendo despida. No
mínimo, o verso 2 quer deixar claro que, mostrar as pernas, era uma
desgraça, mesmo que, seja em caso de necessidade, pois trata-se de uma
parte do corpo que, normalmente, é coberta. Enquanto que, ao usar
minissaia, se faz isso, totalmente, por escolha. Qualquer homem, vai te
dizer que, a minissaia, que foi feita para promover a lascívia, faz,
exatamente, isso.
Outra parte do corpo que, também é comum ser
mostrada, os seios. Eles são referidos no contexto da fidelidade do
marido à sua esposa: “Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.”
(Provérbios 5:19). A exposição dos seios é prevista como algo legítimo
apenas entre o marido e sua esposa, caso contrário, eles devem ser
cobertos na presença de outros homens. Podemos concluir com segurança
que o corpo da mulher, dos seios até as suas pernas, deve estar
completamente coberto em todas as circunstâncias normais, na presença de
homens, exceto para seu marido se, ela for casada. Assim, os seios, a
barriga e as pernas não devem ser expostos, a roupa deve cobri-los,
estando a mulher em pé, sentada ou abaixando-se para pegar algo no chão.
Segundo, exposição seletiva daquilo que deve ser
coberto. Não é uma questão de quantos milímetros estão expostos. Pelo
contrário, é uma questão de que parte está sendo exposta. Observa-se
várias formas; um pouco de decote, um pouco da barriga à mostra, uma
fenda na saia, mostrando um pouco das pernas, expondo uma porção do que
deveria se cobrir totalmente.
Não adianta dizer: “Mas é só um
pouco.” Tais partes do corpo devem estar cobertas. A exposição limitada é
sedutora para os homens. Se você não acredita nisso, pergunte ao seu
marido, pai ou irmão que são Cristãos. Se ele for um homem honesto, ele
vai te dizer. A indústria da moda procura constantemente formas de
maximizar o apelo sexual por exposições sutis e seletivas daquilo que
deveria estar coberto.
Terceiro, cobrir a pele sem cobrir a forma. O mero
cobrir da pele que falha em cobrir qualquer coisa da forma ou do
contorno do corpo, não é modesto. As técnicas têxteis têm progredido. O
homem, sendo pecador, é um inventor de coisas más ou faz mau uso de
certas invenções. Por exemplo, algumas calças jeans cobrem o corpo, mas
não escondem a sua forma, ainda que, tecnicamente, cubram a real
superfície e, nem um milímetro de carne esteja exposta, de fato, porém,
certas calças são como se, estivessem apenas borrifado com tinta, logo,
não é modesto). O mesmo vale para tops e saias que são coladas na pele.
Homens honestos confirmarão estas coisas.
OBJEÇÕES A ESTE PADRÃO DE MODÉSTIA
Nós não entraremos em muitos detalhes, porém, tentaremos dar algumas
linhas gerais que, acreditamos ter o apoio das Escrituras e, a maioria
dos homens honestos confirmarão. Todavia, veremos algumas possíveis
objeções.
Primeira objeção: não corremos o risco de parecer
estranhos e antiquados? Este clamor, às vezes, assume a forma de uma
ameaça fantasma, criando a imagem de pseudo ou neo-puritanismo à igreja;
o perigo alegado é que, tentamos impor uma maneira de se vestir,
pertencente ao século dezessete. Qual é a resposta para isso? Primeiro, o
vestir-se modestamente não requer que estejamos fora da moda; isto não
se opõe a vestir-se elegantemente. Existe diferença entre, vestir-se com
elegância e vestir-se sexualmente provocante. Não são a mesma coisa.
Essa distinção tem sido tão esquecidas que, muitas mulheres modernas de
qualquer idade, especialmente as não-cristãs, não estão sequer cientes
que, tal distinção existe. Vestem-se imodestamente o tempo todo, até
mesmo, quando surge uma ocasião especial – um funeral – elas colocam a
melhor versão do mesmo tipo de vestimenta imodesta, usada em outras
ocasiões. Nem mesmo, a dignidade e a solenidade de um funeral alteram a
imodéstia básica, porque se tornou algo, altamente, arraigado e normal.
Há, entretanto, uma diferença importante no vestir-se, de um lado, com
modéstia, asseio e beleza e, do outro, no vestir-se com sensualidade e
imodestamente.
Um segundo ponto, em resposta à mesma objeção é que, a estranheza, quando a Escritura exige, é um dever: “E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.”
(1 Pedro 4:4). O que é dito aqui sobre comportamento também se aplica,
em princípio, ao vestir. Quando a norma é pecaminosa, temos que ser
anormais. É, realmente, simples assim. Melhor ser singular e modesto do
que ser contemporâneo e imodesto. Melhor parecer incomum do que ser
normalmente pecaminoso. Nós, certamente, devemos seguir os Puritanos em
sua preocupação com a modéstia no vestir, porque esta é uma exigência
Bíblica, tanto para o século 17, quanto para o século 21.
No entanto, a título de ajuda, se é que, ajuda, deixe-me dizer algo. O
grau exigido, hoje, dos ditames da moda é muito menor do que, nos anos
de 1960 e 1970, pelo menos na Inglaterra (onde morávamos na época) e,
talvez, aqui na Irlanda do Norte também. Naqueles dias todas as
mulheres, virtualmente, usavam minissaia. Era uma prática quase
universal e, fazer algo diferente, era realmente parecer muito estranho
mesmo. Os Cristãos foram apresentados à uma escolha clara: ser indecente
ou ser estranho. Indecência era uniforme. A minissaia tomou conta e
foi, extremamente, difícil para os cristãos, inclusive, encontrar roupas
decentes, se eles as quisessem. A preocupação com a modéstia,
absolutamente, não aumentou, mas há uma persistência muito menor do que
havia, então. Agora, mesmo as mulheres ímpias, por quaisquer razões, às
vezes, vestem-se de forma modesta.
As mulheres piedosas podem,
muito bem, destacaram-se por fazerem isto, o tempo todo, mas ainda,
podem usar um comprimento de saia decente, sem, ser, totalmente,
bizarro. Pois, assim era o caso no passado.
Porém, a ênfase da Escritura não é para alertar-nos contra a
estranheza excessiva. Não dizemos que devemos ser, desnecessariamente,
estranhos – claro que não! A Escritura não está cheia de avisos, tais
como, “Agora, tome cuidado para não ser muito incomum!” Não é isto, o
que encontramos. Encontramos, exatamente, o contrário: “E não sede
conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento” (Romanos 12:2). Em todo caso, onde estão aqueles que
supostamente são parecidos com os do século 17? Onde eles estão? Eles
não existem ou se existem, nós ainda precisamos conhecê-los. É trivial, o
perigo da excessiva estranheza comparado com o da indecência –
absolutamente trivial! Ainda que, haja estranheza desnecessária
envolvida, isto não arruinará a igreja, mas a sensualidade, a impureza e
a imundícia – estas, certamente, arruinarão. É como se, alguém
estivesse ajustando as almofadas no sofá, porque não estão arrumadas,
enquanto, a casa está pegando fogo! Há, ainda, ministros que chamam a
atenção para uma aviso tolo e terrível sobre o perigo da estranheza de
vivermos num túnel do tempo – como se essa fosse a grande ameaça.
Fazendo isso, eles distraem os cristãos do real perigo. Na verdade,
encorajam a imodéstia, porque, inclinam às mulheres a preocuparem-se em
não demonstrarem ser do século 17. Sobre não parecerem estranhas, eles
ficam com medo de arriscar, e no processo, admitem a imodéstia.
O testemunho da igreja não será destruído por causa de mulheres
Cristãs que aparentam ser diferentes, mas, por mulheres que se vestem
como se estivessem indo para uma discoteca. Portanto, na medida, em que,
o mundo é capaz de demonstrar algum respeito à igreja, ele respeita a
coerência desta. Desta forma, o clamor que diz ser uma ameaça, o modo
de vestir Neo-Puritano do século 17, termina, desencorajando mulheres
fiéis que, almejam vestirem-se de forma Bíblica e modesta, e, isto
entristece o coração daquelas, que Deus não entristeceu. Seria melhor
para os Ministros guardarem o seu poder de fogo para o verdadeiro
inimigo, para o real perigo, e, caso estejam cativos à Palavra de Deus,
esqueceriam este virtual e imaginário perigo, e advertiriam contra a
imodéstia, como as Escrituras o faz.
Segunda objeção: Uma mulher solteira pode dizer:
“Como eu vou conseguir um marido, se, eu não me fizer atrativa? “Eu
tenho que mostrar o meu melhor?”
Resposta: primeiro, você não precisa se vestir de
maneira sombria para estar modestamente vestida. Modéstia e bom gosto
são o seu “melhor”. Segundo, qualquer atenção que você chamar para si,
de alguém, do sexo masculino, por vestir-se imodestamente, não vale um
centavo. Segundo, qualquer marido, obtido por tais meios, é improvável
que, lhe fará muito bem, como esposo. Pois, um homem que é lascivo antes
de se casar, vai continuar lascivo depois de casado. A atratividade não
é algo insignificante no casamento, mas um homem piedoso irá mantê-la
na mesma proporção, de outros sentimentos. Ele não sentirá necessidade
de vê-la vestida indecentemente para decidir se você seria uma boa
esposa em todos sentidos, incluindo a questão física.
Terceiro, o
vestir imodesto irá desencorajar os homens piedosos de levar em
consideração, tal mulher. Ele irá ponderar se você é alguém sério em
seguir a Cristo e, ainda, se você vai se vestir assim depois de casada.
Então, não há vantagem alguma para uma mulher cristã vestir-se
imodestamente. Nenhuma.
Conclusão
O propósito dessa palestra foi mostrar o que as Escrituras dizem
acerca de um particular aspecto de conduta. Não há intenção alguma de
nossa parte em nos tornarmos espécies de vigias na congregação ou de
estarmos engajados em qualquer “pastoreio pesado” sectário, nem de
cobrirmos cada detalhe, pois não poderíamos fazê-lo. Contudo, esperamos
ser o suficiente, indicamos as principais linhas de reflexão que
evitarão a atual imodéstia numa sociedade que despreza a Deus e que não
se importa com os padrões Bíblicos; uma sociedade que acha pode brincar
com pecado sem que ninguém saia ferido. E este último é uma mentira.
Porém, é a arrogância do homem do século 21 nesta parte do mundo; ele
pode brincar com o pecado, usando regras de comum acordo – isto não
funciona. Não está funcionando agora e nunca funcionará. Por outro lado,
nós temos mostrado coisas gerais que devem ser evitadas no vestir, por
amor ao Salvador. O propósito não é trazer vergonha, mas trazer aquilo
que todos nós deveríamos saber – não apenas nossas mulheres, mas também
pais e maridos – como ordenar esta parte da vida de tal maneira que
honre ao Salvador.
Esperamos agora, se não antes, que o vestir é uma área de submissão a
Cristo. Mulheres cristãs precisam de uma mentalidade de modéstia
piedosa em seus pensamentos, trazendo à consciência de que, elas não
podem se dar o luxo de apenas, impensadamente, seguir cada moda que este
mundo propõe. A glória de Deus deve ser levada em consideração na
decisão de como se vestir. Isto é o que precisamos, não é? Reconhecemos
livremente que muitas mulheres cristãs não pensam sobre este assunto e
que esta é a maior parte do problema. Não atribuímos um motivo
desfavorável, a não ser que, não haja alternativa. Mas agora que você
sabe, então comece a distinguir entre o que é inteligente e o que é
sexualmente provocativo. Um é bom. O outro não. Ame ao Senhor. Ame ao
Salvador. Adorne o Evangelho de Deus nosso Salvador em todas as coisas,
incluindo o vestir. O Senhor Jesus Cristo sofreu e morreu para redimir
seu povo de toda a iniquidade. Não o honraremos, então, em todas as
coisas, homens e mulheres, nesta área particular do nosso vestir, que é,
particularmente, aplicado às mulheres? Você não honrará e amará o
Senhor Jesus Cristo que primeiro amou você? “Vós, que amais ao Senhor,
odiai o mal.” Abandone aquilo que é errado. Agarre-se ao padrão Bíblico. Deleite-se
na Lei do Senhor segundo o homem interior e no exterior pratique e
glorifique nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Amém. (http://www.loughbrickland.org)
Por: Cons. Elder Pereira |
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