No seu contexto, esta linha de 2 Coríntios
3:6 expressa um contraste importante entre a impropriedade do sistema do Velho
Testamento e a suficiência de Cristo para nos salvar do pecado. A
"letra" representa o "ministério da morte, gravado com letras em
pedras" que foi dado aos israelitas através de Moisés (3:7,3). O “Espírito”
representa a nova aliança de Cristo, revelada através do Espírito Santo e
escrita em nossos corações (3:3,4,6,8).
É uma trágica e triste ironia que alguns
professores de hoje estejam arrancando este versículo de seu contexto e
destorcendo seu significado tão completamente que eles negam o verda-deiro
ponto que Paulo está dando no texto. Algumas pessoas, quando confrontadas com o
fato que suas doutrinas e práticas humanas não são aprovadas no Novo
Testamento, são tão orgulhosas ou tão cegas, que não admitem seu erro. Em
vez disso, elas atiram este versículo na face daquele que está salientando a
importância de obedecer Cristo e sugerem que o estudo cuidadoso da Bíblia é
inútil e até perigoso, "porque a letra mata, mas o Espírito
vivifica". Que blasfêmia contra a palavra de Deus!
No mesmo contexto de 2 Coríntios 3, Paulo
enfatiza a importância da palavra revelada por Cristo. Ele destaca o valor da
palavra de Deus (4:2), da verdade (4:2), do conhecimento da glória de Deus
(4:6), da liberdade (3:17; veja João 8:32 para saber como encontramos esta
liberdade), e de olhar no espelho que nos transforma (3:18; veja Tiago 1:23-25
para saber o que é este espelho).
Há ainda mais uma triste ironia com este
argumento, que não deveríamos estudar a Bíblia cuidadosamente porque "a
letra mata". Em minha limitada experiência, as mesmas pessoas que mais
freqüentemente usam 2 Coríntios 3:6 para fugir de suas responsabilidades de
obedecer alguma instrução de Cristo são as mesmas que apelam para o Velho
Testa-mento, para defender tais práticas como o dízimo, o batismo infantil, ou
a aspersão (em vez da imersão). Estas práticas não são autorizadas pelo
Novo Testamento, como revelado pelo Espírito. Não temos nenhum direito para
retornar à "letra" escrita em tábuas de pedra para fugir do
ensinamento da nova aliança.
por Dennis Allan
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